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Ministério Público move ação contra a WePink, marca de Virginia Fonseca, por irregularidades nas vendas online

  • Foto do escritor: Red Up
    Red Up
  • 13 de out.
  • 3 min de leitura

A marca de cosméticos WePink, criada pela influenciadora Virginia Fonseca, está no centro de uma polêmica após o Ministério Público de Goiás (MPGO) ingressar com uma ação civil pública contra a empresa. O órgão acusa a marca de adotar práticas abusivas e publicidade enganosa, após um volume expressivo de reclamações de consumidores em todo o país.

Foto: Reprodução/Instagram
Foto: Reprodução/Instagram

Acúmulo de denúncias e reclamações


De acordo com o MPGO, a WePink recebeu mais de 90 mil queixas registradas no site Reclame Aqui e cerca de 340 denúncias formais no Procon-GO somente entre 2024 e 2025. As reclamações relatam atrasos excessivos nas entregas, não envio de produtos pagos, dificuldade em obter reembolsos e falta de resposta do atendimento ao cliente.


Há também relatos de remoção de comentários negativos nas redes sociais da marca, o que, segundo o MP, caracteriza tentativa de ocultar críticas e insatisfação pública. Em alguns casos, consumidores aguardaram mais de sete meses pela entrega dos pedidos, sem retorno efetivo da empresa.


Venda sem estoque e publicidade enganosa


Um dos pontos mais graves citados na ação é um vídeo em que Thiago Stabile, sócio da WePink e marido de Virginia, teria admitido em uma transmissão ao vivo que a empresa realizou vendas sem possuir estoque suficiente. Esse trecho foi usado como prova pelo MP para reforçar a acusação de má-fé e propaganda enganosa.


Medidas pedidas pelo Ministério Público


Na ação, o MPGO solicita uma série de medidas urgentes para proteger os consumidores e forçar a regularização das atividades da empresa. Entre os pedidos estão:

• Suspensão temporária das vendas por lives, até que todos os pedidos atrasados sejam entregues;

• Criação de um canal de atendimento humano, com tempo máximo de resposta de 24 horas;

• Facilidade para cancelamentos e reembolsos, com devolução de valores em até 7 dias;

• Entrega imediata dos produtos já pagos e não enviados;

• Multa diária de R$ 1.000,00 em caso de descumprimento das ordens judiciais;

• Pagamento de indenização por dano moral coletivo, estimada em R$ 5 milhões, destinada ao Fundo Estadual de Defesa do Consumidor (FEDC).


O Ministério Público também requer que todos os sócios da empresa — incluindo Virginia Fonseca — respondam solidariamente pelos danos causados, uma vez que participaram das estratégias de marketing e divulgação das vendas.


Consequências e repercussão


Caso a Justiça aceite o pedido de tutela de urgência, a WePink poderá ser impedida de vender produtos durante lives até resolver as pendências de entrega e atendimento. Até o momento, nem Virginia Fonseca nem a empresa se manifestaram publicamente sobre o processo.


O caso acendeu um alerta no setor de vendas digitais e influenciadores, destacando os riscos de crescimento rápido sem uma estrutura operacional compatível. Especialistas lembram que o sucesso nas redes sociais não substitui a necessidade de transparência, logística eficiente e respeito ao Código de Defesa do Consumidor.


Lições do caso WePink


O episódio serve como um lembrete para marcas digitais e empreendedores: crescer nas redes é positivo, mas exige responsabilidade. A falta de controle em áreas como estoque, atendimento e pós-venda pode gerar prejuízos financeiros, processos judiciais e danos irreversíveis à imagem.


Para os consumidores, a orientação é clara:

• Pesquisar a reputação da marca antes da compra;

• Desconfiar de ofertas “relâmpago” e promoções com promessa de entrega imediata;

• Guardar comprovantes e registrar todas as tentativas de contato;

• Acionar órgãos como Procon e Ministério Público em caso de descumprimento contratual.

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